O Chihuly Garden and Glass foi inaugurado em Maio 2012 em Seattle e abriga a maior e mais expressiva coleção de objetos do renomado artista Dale Chihuly concentrados num único lugar. Construído literalmente aos pés da Space Needle, o famoso cartão postal de Seattle. O Chihuly Garden and Glass é sem dúvida uma das atrações imperdíveis para se conhecer na maior cidade do Noroeste dos EUA.
Nativo do estado de Washington, Dale Chihuly é considerado um dos papas contemporâneos da milenar arte da moldagem de vidro com fogo e ar. Em seus quase 30 anos de carreira, o artista influenciou de maneira decisiva o “Glass Blowing” como forma de expressão artística nos EUA e no mundo.
Com obras espalhadas por mais de 200 museus e jardins botânicos mundo afora, as mais de 100 exposições que o artista já realizou, atraíram juntas um público de mais de 12 milhões de espectadores.
Como reconhecimento de sua impecável carreira e como parte das comemorações dos 50 anos da Space Needle,Seattle ganhou e homenageia o artista local com um museu/exposição com aproximadamente 15.000 m2.
Meu primeiro contato com a obra de Chihuly foi no Delaware Art Museum em 2010, depois disso vimos uma imponente obra do artista no teto do saguão do Hotel Bellagio em Las Vegas e nos apaixonamos de vez pelo trabalho dele numa exposição especial do artista no Museu de Belas Artes de Boston. De lá para cá já vimos e reconhecemos a inconfundível obra do artista em cidades como Singapura, Shanghai, Dubai e em inúmeras cidades americanas.
No Post de nossa visita à exposição “Trough the Looking Glas” de Boston, relato com mais detalhes um pouco sobre a vida do artista, seus dois acidentes que influenciaram de maneira definitiva seu trabalho, e como sua técnica revolucionou a arte em vidro. Por sinal recomendo a leitura do Post para entender um pouco mais sobre a história e o estilo do artista.
No Chihuly Garden and Glass em Seattle, o artista nos leva a explorar sua obra muito além da apresentação tradicional dentro de uma galeria de arte como aquela que vimos em Boston. Ela pode ser encontrada basicamente em 3 diferentes contextos.
No Exhibition Hall encontramos 8 ambientes. Onde além de um resumo de toda sua carreira, podemos observar um pouco da evolução da obra de Chihuly ao longo dos anos. Nesta parte “indoor” da exposição encontramos obras e uma disposição muito semelhantes àquela que vimos em Boston. Mesmo assim não menos interessante.
As instalações existentes no Exhibition Hall na parte indoor do museu são:
Com uma pegada anos 70, a primeira sala do museu, Glass Forest (Floresta de vidro) é uma pequena amostra do show de cores e iluminação de Chihuly e uma pequena amostra daquilo que ainda está para começar.
Bolhas de vidro opacas servem de base para um conjunto de finíssimas hastes de vidro que lembram os antigos neons. A obra está posicionada sobre um espelho dando uma ilusão de floresta sem fim. Essa obra foi criada. durante a época em que Chihuly era professor em Nova York, e foi uma revolução para o universo do vidro.
A próxima parada é o Northwest Room, uma alusão as influências de Chihuly – os cestos indígenas Navajo, o paredão de tecidos hiper coloridos e as imagens de diferentes peças Navajo. As obras indígenas estão contrapostas com “cestos de vidro” criados por Chihuly, peças super bonitas com formatos variados e de uma delicadeza impressionante.
Uma instalação gigante em tons de azul com pequenos crustáceos e estrelas do mar em tom amarelado. A escultura forma uma espécie esespiarl de cores e formatos que fica muito linda com a iluminação.
O telhado persa é uma das instalações favoritas do museu, um telhado de vidro transparente composto por centenas de conchas multi-coloridas que refletem as cores do arco-íris. Dá para passar um tempo considerável caminhando para cá e para lá observando os diferentes tons de luz, e descobrindo pequenos objetos cuidadosamente colados entre as conchas. Tente encontrar os 9 anjos e o polvo escondidos nessa instalação.
Mais uma sala espetacular, a Mille Fiori (Mil flores) é uma espécie de floresta tropical ou jardim marinho de vidros multi-coloridos. Uma combinação incrível de peças de vidro de cores únicas e gritantes com bolas coloridas de vidro que parecem imitar formas vegetais.
E quando você acha que já viu o melhor do museu, chegamos a essa sala escura com dois barcos iluminados repletos de bolas coloridas. A inspiração claramente japonesa que fazem lembrar a técnica do Ikebana.
A próxima sala é uma coleção de 7 grandes lustres de vidro, e uma série de desenhos dos lustres desenvolvidos na década de 90 para a exposição de Veneza.
E pra fechar a parte interna do museu uma sala repleta de vasos grandes em forma de flores gigantes. A brincadeira de Chihuly aqui foi misturar todas as possíveis cores de vidro soprados combina-los em um ambiente. Lindissimo também.
Visitei o Chihuly Garden and Glass a primeira vez quando ele tinha acabado de inaugurar em 2012. Naquela oportunidade tivemos o privilégio de assistirmos uma pequena introdução a obra do artista por uma das curadoras da exposição.Nos chamou a atenção a uma série de detalhes que talvez passassem desapercebidos. Como o fato de existirem 9 anjos e 1 Polvo na instalação do Persian Ceiling. Eu bem que tentei encontrar os 9 anjos, mas acabei encontrando apenas 8.. Apenas na segunda visita em 2018 acabei descobrindo onde estava o nono.
Na primeira visita o museu não tinha nem 10 dias desde a abertura oficial, tudo ainda cheirava novo lá dentro. Mas uma coisa que deixou triste na segunda visita foi constatar a colocação de corrimões entre as obras e os espectadores pois muita gente, principalmente crianças, estavam tocando nas obras.
Naquela primeira visita a curadora ainda comentou, na montagem de todas as instalações apenas uma peça foi quebrada pela equipe de montagem. E em menos de 2 semanas desde aberto os visitantes já haviam feito o favor de quebrar 2.. Isso que desde lewa no começo sempre tinha um segurança rondando o ambiente..
O grande diferencial desta mostra em relação a que vimos em Boston e outras obras espalhadas pelo mundo. É que encontramos além das obras dentro das 8 galerias mencionadas anteriormente, diversas obras dispostas no Jardim e dentro de um conservatório especialmente contruído para abrigar uma montagem inédita com cerca de 1400 Persian Glasses que vistas de dentro da “estufa” emolduram a Space Needle. Coisa mais linda!!
Já do lado de fora da estufa (que não tem planta nenhuma e geralmente é utilizada para eventos), encontramos um jardim com 4 grandes esculturas. Entre elas uma replica em menor tamanho da Lime Green Icicle cuja original ficou em Boston, um enorme Sol de vidro com cerca de 5 metros de diametro e outras instalações que estão simplesmente sensacionais.
O bacana desta exposição é que esta é a primeira vez que uma mostra de Chihuly volta à Seattle desde 1992. E agora volta de forma definitiva e sintetizando um pouco da grandiosidade da obra do artista tanto dentro de galerias como quando integrada ao ambiente. Assim como acontecera nas exposições que ocorreram ao ar livre como no Kew Gardens ou na Citadela de Jerusalém na vira do milênio.
Outra coisa que é o máximo é a quantidade de peças que fazem o conjunto da mostra. Afinal de contas o artista continua fiel a sua filosofia: “When one is good, a dozen is better”.
E se depender da frase do folheto/mapa oficial do museu “ I Want People to be overwhelmed with light and color in a way they have never experienced” Chihuly conseguiu mais uma vez fazer isso.
Arrisco dizer que se tivesse que escolher apenas uma atração paga em Seattle, escolheria o museu Chihuly sem pensar duas vezes. Mesmo que você não seja muito ligado em arte, vai ficar fascinado com as cores, com a iluminação e com os reflexos das obras. Para quem curte fotografia, as possibilidades são simplesmente infinitas.
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