Passeio de Barco ao Redor de Nova York – Circle Line

Como a Lúcia estava vindo do Havaí para Nova York e seguiria viagem para um casamento no final de semana em Rhode Island acabamos tendo que nos encontrar na quinta-feira (15/07/2010). Detalhe a Marcie que estava no Brasil para o lançamento do livro ”Quando o poder Corrompe a não mais poder”, de autoria do seu marido Ciro Pellicano, retornou na véspera deste encontro especialmente para nossa mini conVnVção Nova Yorquina.

Como o passaporte do Mau estava sem páginas para pedirmos o visto para o Canadá aproveitamos a ida a cidade para fazer um passaporte novo. Detalhe: no site do ministério das relações exteriores dizia que a jurisdição consular para residentes em Delaware era Nova York, com o processo todo montado na hora do agendamento fomos informados que nossa jurisdição agora era em Washington. Nada contente com isso, tive que utilizar outros meios para conseguirmos  fazer o passaporte novo no dia seguinte, e funcionou!!

Saímos de Delaware logo após o almoço, peguei o Mau no trabalho e seguimos 2 horas e 15 minutos de viagem até Nova York. Estacionamos nosso carro num estacionamento perto da casa dos nossos amigos Diego e Scott, deixamos nossas malas e fomos em direção ao pier 83 na Rua 42 às margens do rio Hudson. Inicialmente nossos planos eram de pegar um taxi da 23 até a 42. Mas dado o congestionamento decidimos seguir as 19 quadras à pé.

Logo na chegada encontramos a Marcie, que conforme havia anunciado via Twitter: “Filtro solar 2.480, chapéu aba enorme,óculos de sol modelo diva: estou pronta para o meu passeio de barco com @luciamalla , @mauoscar”. Não demorou muito para encontrar a Lúcia e o André na Fila que também anunciara via Twitter “Estou c/ blusa rosa e uma sacola da B&H na mão”. Enfim além de rede social também é uma excelente ferramenta para reconhecer um amigo virtual.

Pagamos os 35 USD dos nossos Tickets do passeio de 3 horas ao redor de Manhattan para a Lúcia que gentilmente comprou-os com antecedência e lá fomos nós para nossa Mini – ConVnVção – Passeio ao redor de Manhattan. O Pier como comentei fica na rua 42 quase ao lado do Intrepid Museum, que ainda temos que ir conhecer.

Embarcamos todos e conseguimos um lugar ótimo no deck superior na popa do barco. Saímos pela jusante do rio Hudson em direção ao Sul da Ilha de Mannhattan. Pelo caminho podemos avistar a embaixada da China que curiosamente fica do lado oposto ao prédio da ONU em Manhattan. Na altura da rua 34, passamos perpendicularmente ao Empire State Building, hoje o edifício mais alto da cidade. Na sequência, passamos pela região do Chelsea onde o Diego e o Scott moram, pelo local onde ficam as antenas da RAI e da Globo Internacional onde a Marcie trabalha.

Por falar nisso, a Marcie uma verdadeira PhD em Nova York foi nossa guia pelo passeio, e quase sempre já havia comentado as coisas que avistávamos do barco antes mesmo do loucutor do passeio!! Isso que é ser VIP. Com uma guia dessas o que mais a gente prescisava. So faltava mesmo estarmos num Iate particular.

À medida que iamos nos aproximando ao Sul da Ilha e do Distrito Financeiro, os edifícios iam ficando mais altos. E os arranha-céus iam dominando a paisagem. Do outro lado do Rio, em Nova Jersey existe um Prédio que lembra muito o IFC de Hong Kong e ou outro edifício em Kowloon.

Fico imaginando como seria se as torres gêmeas ainda estivessem por ali. É realmente muito triste pensar que um dos verdadeiros ícones de Manhattan tenha sido destruida da forma que foi matando quase 3000 pessoas inocentes.

Por falar em World Trade Center na terça feira desta mesma semana foram descobertos vestígios de uma embarcação do século XVIII, descobertos pelos trabalhadores que ainda retiravam os escombros do Ground Zero (World Trade Center) e que estavam enterrados a uma profundidade entre seis e nove metros abaixo do nível do chão. No que é considerada pelos especialistas uma das maiores descobertas arqueológicas de Nova York nas últimas décadas.

O formato do terreno do que hoje entendemos por Manhattan foi alterado por diversas vezes, sendo que Nova Iorque, desde os tempos em que era colônia holandesa, expandiu-se diversas vezes em direção ao oceano, e por isso este navio parece ter ido parar ali. No que no passado fora um aterro que recebia entulhos para sua expansão.

Seguimos em direção a Ellis Island onde se encontra o monumento mais famoso dos EUA, a estátua da liberdade. Um presente da França para os EUA por ocasião do centenário da assinatura da declaração de Independencia dos EUA.

Dali passamos en frente a Governors Island que visitamos durante o final de semana e pelo pier que da acesso a balsa para esta e outras ilhas como a Staten Island, na qual voce pode viajar de graça sem pagar nada e ainda ver a estatua da liberdade bem mais de perto.

Seguimos então pelo lado Oriental de Manhattan, passando pela BMW, que como a Marcie explicou se referem às iniciais das 3 pontes que cruzam do Brooklyn para Manhattan são elas : a Brooklyn Bridge, a Manhattan Bridge e a Williamsburg Bridge.

Nesta parte do passeio ainda tivemos um pequeno “incidente”envolvendo a tripulação e alguns passageiros localizados na popa do navio. Mas nada muito sério. Mas cá entre nós, é um absurdo o funcionário da empresa que opera a embarcação fumar no convés do barco.

Passamos pelo prédio da ONU que foi inspirado na proposta de Oscar Niemayer e Le Corbusier que atualmente esta passando por reforma. Ainda podemos ver o Chrysler Building com sua magnífica arquitetura em estilo neo-clássico. Na minha opinião, este é um dos edifícios mais bonitos de Nova York.

Interessante observar que a largura deste lado de Manhattan é muito menos do que aquela do lado Ocidental no Rio Hudson. Eu tive a impressão que este lado tenha sido alargado e aprofundado no decorrer da história. Como a Marcie comentou este lado era um estuário.

Bem na parte norte de Manhattan antes de entramos novamente no Rio Hudson é bastante interessante observar a quantidade de árvores nesta parte nordeste da ilha. E por vezes na própria margem do rio e pela influência das marés, o lugar chega a lembrar um pouco uma formação florestal de influência fluvio-marinha como um manguezal.

No extremo norte da ilha encontramos a Henry Hudson Bridge, uma das 16 pontes que ligam Manhattan ao resto do mundo, inaugurada em 1936 ligando o Spuyten Duyvil no Bronkx ao Inwood Hill Park em  Manhattan. Interessante que Spuyten Duyvil se refere à Piscina do Diabo, nome dado pelos então colonizadores holandeses a esta parte da confluência do Rios East e Hudson. Mas para dizer a verdade é dificil acreditar que aquilo na margem esquerda seja Manhattan.

Ali é possivel ainda observar como deveria ser o terreno da ilha bem antigamente bastante acidentada, atualmente, Manhattan é plana e maior, certamente efeitos da intervenção humana na natureza. Prova disso é o enorme “paredão”do outro lado da margem do rio Hudson. Paredão este que certamente influencie diretamente o clima na cidade. Como a Marcie bem comentou do lado do rio Hudson venta muito mais do que do outro lado da ilha.

A região do Upper West Side de Manhattan é na minha opinião olhando do barco a região mais bonita da ilha, uma vez que é notavel o cinturão verde formado pela confluência dos parques Inwood Hill Park, Fort Tryon Park e Fort Washington Park na chamada Hudson River Greenway que se extende desde o limite norte de Manhattan até a rua 145 W. Lembrando que Manhattan vai até a rua 218.

Três coisas que me chamaram bastante atenção nesta parte do passeio foram a Ponte George Washington, que liga Manhattan à Fort Lee em New Jersey. O ‘The Cloisters’ um ramo do Metropolitan Museum of Art dedicado à arte e arquitetura da Europa na Idade Média localizado no lato de uma colina e nitidamente visível do barco. E uma enorme igreja que eu nem sabia o que era e a Marcie não lembrava!

Chegando na parte final do nosso passeio saimos da popa do barco e passamos à proa onde podemos tirar ótimas fotos com o Sol de final da tarde batendo nos edificios no lado do Rio Hudson de Manhattan. Para quem não lembra foi neste rio que o avião da US Airways fez um pouso forçado após ambas as turbinas seram atingidas por passaros.

Chegamos ao Pier 83, o mesmo lugar de onde havíamos partido e pegamos o ônibus em direção à Times Square. Antes disso, tivemos que literalmente fazer uma vaquinha de moedas para pagar uma passagem de ônibus, pois como estávamos em 5 pessoas e o metrocard da Marcie so podia embarcar 4 passageiros. Mas deu tudo certo.

Apesar do calor que estava fazendo, a experiência de dar uma volta completa pela ilha de Manhattan foi realmente muito bacana. E ainda mais especial pelo fato de ter tido a oportunidade de fazer esse passeio com o Mau e duas ex-amigas virtuais e o Andre Seale que veio de brinde nessa brincadeira. Agora conhecendo elas de verdade é muito mais legal, assim como foi quando conheci a Mirela do Mikix no dia em que o Brasil foi eliminado da copa pela holanda. Essa a gente não vai esquecer tão fácil.

Depois de quase 20 minutos no ônibus só para cruzar umas 6 avenidas chegamos a Times Square, lá fomos fazer um Happy Hour no bar do 8 andar do hotel Marriott em plena Times Square, quer lugar mais Nova York do que isso?

Lá além de nós encontramos o Ciro Pellicano, marido da Marcie e a Andrea, outra blogueira que não conhecia o Blog ainda e que é muito querida também e que estava com o seu marido no encontro. Pedimos várias entradas e alguns drinks e ficamos batendo papo até tarde.

Pagamos as contas e nos despedimos todos no Lobby do Hotel. Esperando que vários outros encontros como estes aconteçam novamente. Quem sabe no ano que vêm não aconteça a grande ConVnVção da Big Apple. Só espero caso ela realmente aconteça ainda estar na terra do Tio Sam.

Outras Fotos do Passeio:

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