A última viagem que fizemos aqui nos EUA durante a visita da Fernanda e o Tiago foi até Jackson em Nova Jersey, onde está localizado um dos maiores parques de diversão dos EUA. O Six Flags Great Adventure, com suas 13 montanhas-russas totalmente insanas e outros cerca de 50 brinquedos menos radicais. Tudo isso em uma área de aproximadamente 110 hectares.

Saímos de casa por volta das 09:00 da manhã e seguimos de carro em direção à Delaware Memorial Bridge, que atravessa o Rio Delaware em direção a Nova Jersey. Depois de cerca de 1 hora e meia de viagem e 120 km de viagem finalmente chegamos à Jackson, NJ. Que fica exatamente no meio do caminho entre nossa casa e Nova York.

Compramos nossos Tickets com antecedência pela Internet, assim como o passe para o estacionamento. Uma vez que estamos morando aqui nos EUA acabamos optando pela opção do “Seasonal Pass” que nos dá o direito de visitar o parque quantas vezes quisermos durante toda a temporada 2010. Como ainda era início da temporada compramos o passe no “Early Bid”, um pouco mais barato. O preço normal deste passe anual é USD 99.99, mas acabamos conseguimos 30 USD de desconto por pessoa. Já a Fernanda e o Tiago compraram o Ticket simples e pagaram cada um USD 34.99.

Este era um dos primeiros finais de semana que o parque estava abrindo na temporada, segundo a previsão a temperatura não passaria dos 18º C e ainda ameaçava chuva. Mesmo assim decidimos arriscar, e acabamos dando sorte. Não choveu e o parque não estava muito cheio, mas o friozinho estava pegando. Principalmente nos brinquedos.

Assim que chegamos ao parque trocamos nossos tickets impressos pela carteirinha do “Seasonal Pass”, que foi feita na hora mesmo, próximo a montanha-russa do Super-Homem. Como a fila deste brinquedo estava muito grande acabamos optando uma “estratégia reversa”. Ou seja, começamos o passeio pelos brinquedos mais vazios e menos famosos.

Mas o primeiro deles tinha que ser algo radical. Acabamos indo na Montanha-Russa El Toro, que estava praticamente vazia, uma montanha-russa toda feita em madeira considerada a segunda melhor do gênero no mundo. Foi ótimo para sentirmos aquele friozinho na barriga.

A experiência foi diferente de todas as outras montanhas-russas de madeira que já havia ido antes na vida. Esta o carrinho não sobe devagar e com aqueles estalos de uma cremalheira, como na do Hopi Hari por exemplo. No El Toro o carrinho sobe super rápido e é alta pra caramba. A primeira descida é eletrizante, ai subimos cerca de 75% novamente e caímos mais uma vez. Ao todo até completar toda volta são cerca de quase 3 minutos de muita adrenalina.

Fico imaginando a quantidade de cálculos que o projeto de uma estrutura como esta deve exigir antes de ser construída. Só de lembrar o pesadelo que era a disciplina de estruturas de madeira com aqueles cálculos estruturais complicadíssimos.

Depois de fazermos o passeio acabamos enganado a Fernanda dizendo que a montanha-russa era super legal, tranquila e que ela deveria ir. Mas de fato depois de irmos nas outras, percebemos que era uma das piores de todas, ela chacoalha muito e chega até dar uma dor na cabeça. A Fer, coitada não foi em nenhuma outra montanha-russa depois disso. Não é à toa que de tanto balançar ela receba o nome de El Toro.

Fomos a vários outros brinquedos e montanhas-russas super divertidas. Uma das minhas favoritas foi a Nitro, que quando foi inaugurada em 2001 era a montanha-russa mais longa e alta da costa leste dos EUA. O Interessante é que nela ficamos presos apenas pelas nossas coxas. E apesar de não ter nenhum looping é muito rápida e longa. E por estarmos presos apenas pelas pernas temos a impressão que quase iremos sair voando.

Quase ao lado da nitro, ficam as duas montanhas-russas do Batman, a mais nova delas foi inspirada no Dark Knight e é toda no escuro. Não é assim tão emocionante, mas lembra um pouco um trem fantasma em forma de montanha-russa. E ou invés de uma composição com diversos passageiros, os carrinhos saem um a um com até quatro passageiros.

A outra montanha-russa do Batman é super suave comparada com El Toro mesmo que tenha 2 loopings, mas para ser legal mesmo é bom sentar nos primeiros carrinhos, nela ficamos sentados no que seria como uma cadeira de pernas para o ar.

Voltamos para perto da entrada do parque para irmos na montanha-russa do Super-Homem em que você fica quase de cócoras mas em movimento , de barriga para baixo, você tem a sensação de estar voando.

Outra montanha-russa que gostamos muito de ir foi a Bizzaro, a primeira montanha -russa do mundo em que o carrinho não tinha piso quando inaugurada em 1999. Além de radical, depois de uma reforma recente que modificou um pouco suas caracteristicas as quais foram acrescentados névoa de agua, fogo e vento.

O que modificou bastante a sensação de andar em uma montanha-russa onde você de repente além de sentir toda a adrenalina da descida e dos loopings, ainda recebe um bafo quente na cara e depois mais para frente uma chuvinha fina.

Ainda fomos em outras montanhas-russas do parque, mas nenhuma como a maior e mais alucinante de todas. Que exige MUITA coragem de quem decide encara-la, afinal de contas ela é nada mais nada menos que a mais alta Montanha-Russa do Mundo. Chamada de King Da Ka com quase 140 metros de altura, o equivalente a um prédio de 40 andares, em que você acelera de 0-206km/h em 3.5s. Sobe os 140 metros e desce eles literalmente na vertical.

Mas o pior de tudo mesmo é ficar parado esperando o lançamento, feito através de um bomba pneumática desenvolvida pela NASA, da qual recebemos um impulso quase equivalente ao de o lançamento de um caça em um porta avião subimos os quase 150m de altura quase em 90 graus.

Quando chegamos no topo a velocidade já esta bem reduzida. Na verdade tudo e tão rápido que quando você viu, ou melhor consegue abrir os olhos, já está descendo daquela altura toda. É assustador perceber que você esta quase 2 vezes mais alto do que todas as outras montanhas-russas do parque e esta prestes a descer tudo aquilo num parafuso vertical.

Mas depois que você vai a primeira vez você quer ir novamente, mas no tempo de espera na fila você pensa mil vezes se vai ou não vai. Principalmente na primeira vez e no nosso caso quando um dos lançamentos anteriores ao nosso não deu certo e o carrinho não teve inércia suficiente para fazer toda a subida e acabou voltando de ré.

Mas depois de esperar na fila e sentar dentro do carrinho não adianta querer desistir. Até porque depois de todos devidamente afivelados não é possível abortar o lançamento. Mas tenho que dizer que foi uma das sensações com maior adrenalina que lembro ter vivido.

Nossa “estratégia reversa” funcionou, quando chegamos a maioria das principais atrações estavam super concorridas, mas quando fomos conhece-las mais tarde não ficamos mais do que 15 minutos na fila de cada atração. Exceto no King da Ka que teve problemas técnicos e ficou fechada por quase meia hora. (Momento prolongado entre a difícil decisão de encarar ou desistir da atração). Tudo passa na sua cabeça nessa hora.. E se o carrinho não funcionar na minha vez.. Mas no final acabou dando tudo certo.

 Como já estava quase anoitecendo decidimos que era hora de voltar para casa. Antes disso ainda brincamos em uma daquelas barraquinhas de parque de diversão, onde acabamos ganhando um bicho de pelúcia. Até gostaria de ir novamente na King Da Ka mas como a fila estava muito grande acabei desistindo, deixando para uma próxima oportunidade.

Deixamos o parque e ainda passamos no Jackson Premium Outlets, um enorme Outlet bem pertinho do Parque. Mas estava super cansado e nem aproveitamos, principalmente eu que teria ainda que voltar dirigindo até Delaware.

Como não havíamos almoçado direito no parque, acabamos passando em um Mac Donalds no caminho para comer um lanche antes de seguirmos viagem de volta. Depois de cerca de 1 hora e meia de viagem finalmente chegamos em casa. Enfim foi um dia super divertido e agora com o Seasonal Pass certamente voltaremos outras vezes lá.

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Endereços:

Six Flags Great Adventure (site em inglês)

Jackson Premium Outlets (site em inglês)

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