Penguins no Aquário de Auckland

Interagindo com Pinguins no Aquário de Auckland

Interagindo com Pinguins no Kelly Tarlton's Sea Life Aquarium

O Kelly Tarlton’s Sea Life Aquarium de Auckland possui um dos maiores e mais bem sucedidos programas de reprodução de pingüins antárticos em cativeiro no mundo. Com uma colônia de quase 100 pingüins das espécies Gentoo (Pygoscelis papua) e Real (Aptenodytes patagonicus), o aquário de Auckland desde meados de 2012 abriu a possibilidade de alguns de seus visitantes entrem no congelante ambiente dos pengüins e lá podenm interagir por alguns minutos com estas curiosas criaturas do pólo sul.

Aproveitando a visita de uma amiga que estudou comigo na Alemanha em 2005 e foi me visitar na Nova Zelândia, fizemos o Penguin Discovery. Uma atividade especial do aquário de Auckland e que acontece diariamente às 10 da manhã em que participam até 4 pessoas. Nesta atividade, os participantes tem a oportunidade de não apenas interagir com estas simpáticas criaturinhas antarcticas, mas também conhecer os bastidores do Aquário de Auckland.

A atividade começa pontualmente no horário marcado (10:00 da manhã) na área pública de observação dos pingüins no aquário. E dalí, nosso guia/fotógrafo nos leva para um passeio pelos bastidores do aquário. Nesta visita, o visitante tem a oportunidade de conhecer os equipamentos de filtragem e bombeamento de água, a área de preparação dos alimentos para todos os animais do aquário, além das áreas de quarentena e reabilitação. Assim como, os principais tanques do aquário, vistos de uma perspectiva diferente, por cima.

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Como o aquário de Auckland no passado era utilizado como uma estação de tratamento de efluentes urbanos, como falei nesse post, ao longo deste rápido tour pelos bastidores do aquário, o guia fala um pouco sobre a história do local e de como o local acabou se transformando num aquário. E como, grande parte da infra-estrutura já existente no local, foi adaptada para ser usada para receber centenas de criaturas aquáticas na forma de aquário.

Comparativamente, o Aquário de Auckland tem cerca de 1 décimo do números de bombas e sistemas de filtragem de aquários como o Georgia Aquarium em Atlanta ou o SEA Aquarium de Singapura por exemplo.

Apesar de bem menor, o princípio de funcionamento dos aquários é basicamente o mesmo, com bombas hidráulicas que bombeiam água da Waitemata Harbour, para filtros de areia e purificadores que retiram as proteínas e aminoácidos da água. Além de torres de armazenamento, resfriamento e aquecimento dágua, antes da água devidamente tratada e purificada, siga para os aquários de acordo com as necessidades dos animais em questão.

A água captada pelo aquário de Auckland das águas da Waitemata Harbour é constantemente filtrada e devolvida ao oceano depois de usada. E segundo nosso guia, cerca de 10X mais limpa que quando entrou no sistema. Durante nosso tour pelos bastidores do Aquário, ele até chegou a brincar que aos poucos o aquário de Auckland está limpando as águas da baía de Auckland.

Uma das partes mais interessantes da visita aos bastidores do aquário de Auckland é a parte de quarentena e reabilitação de animais. Como a Nova Zelândia tem uma legislação bem restritiva ao uso de animais selvagens (especialmente nativos) em aquários e zoológicos. Muitos dos animais que vemos ali são capturados “doentes” e são tratados por uma equipe de veterinários do aquário e quando sadios e capazes de sobreviver no ambiente, muitas vezes são reintroduzidos no ambiente.

Um exemplo clássico são as tartarugas, sempre que elas aparecem feridas ou doentes na região de Auckland e Northland, elas são trazidas pelo pessoal do departamento de conservação e no aquário são tratadas e quando sobrevivem são reintroduzidas ao seu habitát natural.

Infelizmente, como comentou nosso guia, nem sempre é possível salvá-las. A taxa de sucesso na reabilitação dos quelônios pelo aquário de Auckland está na casa dos 50% e a principal causa desta alta mortalidade é a ingestão de plástico pelas mesmas.

Durante nossa visita, tivemos a oportunidade de acompanhar a preparação da alimentação para o Ocean Discovery, um dos vários tanques do aquário de Auckland. Depois disso, ainda tivemos a oportunidade de alimentar os peixes desta parte do aquário.

A título de curiosidade, o Aquário de Auckland consome diariamente cerca de 150 Kg de peixes e outros frutos do mar para alimentar os animais, e nas terças e quintas quando os tubarões são alimentados o consumo sobre para mais de 200kg.

Por alí, na área de preparação de alimentos também podemos observar alguns dos exoesqueletos das lagostas do aquário, e aprendemos como acontece a troca do mesmo todos os anos. Estes exoesqueletos são geralmente montados pela equipe do aquário e então doados para as escolas da região. Eu sinceramente nunca tinha visto umas lagostas tão grandes como as que eles tem no aquário em Auckland.

E dentro da agua essas lagostas parecem ainda maiores. A explicação para isso é que, dentro de um aquário com “vidro” de Acrílico, os animais ficam cerca de 30 – 35%  menor que o tamanho real dos mesmos fora dágua.

Terminado a visita pelos bastidores do aquário, seguimos então para a sala de preparação para a atividade com os pinguins. Lá recebemos botas de borracha, luva, gorro, calça impermeável (que não era tão impermeável assim) e um casaco para encararmos os -10o C  do local onde vivem os pingüins.

Depois de devidamente preparados, passamos por uma área de desinfecção dos nossos calçados, antes de entrarmos na área de preparação da alimentação dos pinguins (que são separados do restante do aquário). Lá aprendemos um pouco sobre a dieta dos mesmos em ambiente natural e em cativeiro. Por exemplo, como é muito difícil e caro ter Krill fresco para os animais em cativeiro, eles recebem um suplemento alimentar para substituí-los, que no caso dos pinguins reais é fundamental, uma vez que é responsável pela coloração amarelada no pescoço e na cabeça.

Lá encontramos a outra guia do passeio, que lida diretamente/exclusivamente com os pingüins. Antes de entrarmos no freezer, no sentido literal da palavra, ela ainda passou algumas dicas e falou sobre o comportamento e algumas curiosidades sobre os mesmos.

Depois disso, passando mais uma vez por uma área de assepcia e seguimos para o ambiente de temperatura controlada que pode recriar temperaturas de até -30o C. Felizmente na hora da visita e alimentação dos pengüins, eles reduzem o vento e aumentam um pouco a temperatura do ambiente para uns -5oC -10oC. Na verdade, tanto a temperatura quanto o fotoperíodo do ambiente são controlados de tal forma a simular condições parecidas com as encontradas em seu habitát natural no pólo sul.

A experiência de estar em meio a um grupo de mais de 100 pinguins é fantástica, enquanto a oportunidade de fazer isso na antártica não chega, a gente se contenta com isso mesmo.

super interessante observar como o comportamento das duas espécies é completamente distinto. Os Gentoos são muito mais curiosos que os pinguins reais, que por incrível que pareça, são super tímidos e tem todo um protocolo até “aceitar” nossa visita.

A pinguim fêmea mais velha do grupo dos pinguins reais, chamada de Meg, é a primeira a se aproximar e só quando ela dá, digamos uma carta branca, digo um grunhido para o alto, que os outros começaram timidamente a se aproximar de nós. Eles como toda realeza, são meio snobes, mas depois de algum tempo eles até que se aproximam e interagem com a gente.

Mas tenho que dizer, apesar de não serem tão bonitos e imponentes como os pingüins reais, eu gostei mesmo dos Pengüins Gentoo. Coincidentemente o que mais gostou de mim era meu chará, ele adorou querer morder meu dedo, e ficou ali “brincando” comigo boa parte do tempo e foi bem divertido.

Ao todo ficamos cerca de 30-40 minutos no freezer e o tempo passou voando, a minha bunda, na verdade quase congelou. Como tudo que é bom chega ao fim, terminamos esta incrível experiência com um gostinho de quero mais. Quem sabe um dia, ainda role uma viagem até o continente gelado. Eu morro de vontade de conhecer.. Você encararia?

A título de curiosidade, no mundo existem 17 espécies diferentes de pinguins. Destas, 3 são encontradas na natureza aqui na Nova Zelândia, São elas:

Little Blue penguins (Eudyptula minor) considerada a menor espécie de pinguin do mundo, eles são relativamente comuns em toda a costa da Nova Zelândia e encontrados até mesmo em algumas ilhas aqui na baía de Auckland nos meses do Inverno. Nos 3 anos que morei na Nova Zelândia, ví eles na Otago Peninsula em Pukekura e em Oamaru.

© Oamaru Blue Penguins

Fiordland penguins (Eudyptes pachyrhynchus) espécie endêmica da Nova Zelândia encontrada apenas na região do Fiordlands e em Stewart Island na porção mais meridional do país. Acredita-se que existam cerca de apenas 3000 casais na natureza. Ví eles uma vez em Milford Sound.

Yellow-eyed penguins (Megadyptes antipodes) considerado o pinguim mais raro do mundo, é uma outra espécie endêmica da Nova Zelândia e que conta com apenas 1200 casais na natureza, sendo que destes aproximadamente 500 vivem na costa de Otago na Ilha Sul e os outros em Stewart, Auckland e Campbell Islands. Inclusive este penguim está no verso da nota de 5NZD cuja a outra face tem o Sir. Edmund Hillary. O lugar que eu mais ví esses penguins na natureza, foi no Katiki Point perto de Moeraki Boulders e em Curio Bay no Catlings durante nossa viagem pelo extremo Sul da Nova Zelândia de Motorhome.

Informações Úteis

O Aquário de Auckland abre diariamente das 09:30 as 17:00 horas. Sendo que a última entrada é as 16:00. O Penguin Discovery acontece diariamente as 10:00 da manhã e os ingressos devem ser preferencialmente comprados com antecedência via Internet já que são apenas 4 vagas por dia e é uma atividade bem concorrida.

A visita aos bastidores do aquário 30-45 minutos e ficamos com os penguins uns 35 minutos.

Os participantes da atividade devem ter mais de 14 anos, não podem ter tido contato com outras aves nas últimas 24 horas que antecedem o passeio, nem estar gripado, resfriado ou outro problema respiratório e intestinal nas 48 horas que antecedem o passeio.

Não é permitido levar maquina fotográfica, relógio, celular, jóias e bijuterias. Felizmente um dos guias entra com a máquina e tira várias fotos que são fornecidas ao final do passeio (incluso no preço da atividade) num simpático pen drive em forma de pinguim.

O Aquário de Auckland oferece outras experiências exclusivas, como o mergulho com tubarões, e o tour pelos bastidores. Para maiores informações clique aqui.

Para quem está de visita na cidade, o aquário disponibiliza um Shuttle (Shark) Bus gratuíto que sai de meia em meia hora do 172 Quay Street (outro lado da rua em frente ao Ferry Bulding) entre as 09:30 e 15:30.

Coordenadas GPS

Latitude Longitude
S 36 50.788 E 174 49.031

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Obrigado!!

Oscar Augusto Risch

2 Comentários

  1. avatar
    Posted by Maria Lúcia| 13/02/2016 |Responder

    Adorei o post, Oscar!!

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