Korora

Pinguins na Nova Zelândia: Visitando a colônia de pinguins azuis na Otago Peninsula

Visitando a colônia de pinguins azuis na Otago Peninsula

Das 17 espécies de pinguins existentes no mundo, três delas podem ser encontradas na Nova Zelândia. Em terra firme, os pinguins podem até exibir um jeitão desajeitado, mas na água, os pingüins são graciosos e mergulham com agilidade acrobática imbatível. E convenhamos: Não tem como não se apaixonar por essas criaturas incríveis que parecem até ter personalidade própria.

Dentre as espécies de pinguins na Nova Zelândia, o Korora, ou o pinguim-azul (Eudyptula menor), é sem dúvida a espécie mais abundante ,e teoricamente mais fácil de você encontrar em sua viagem pela Nova Zelândia.

Ocorrendo naturalmente em toda a costa do país, exceto na costa oeste da ilha norte entre Taranaki e Cape Reinga. Você ainda tem a chance de conhece-los pessoalmente em lugares como o Auckland Zoo, o Antarctic Centre em Christchurch, o National Aquarium em Napier ou numa das várias colônias espalhadas por lugares como Marlborough Sounds, Akaroa Harbour, Oamaru, Otago Peninsula e na Stewart Island.

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Seus hábitos noturnos em terra, no entanto, faz com que eles muitas vezes passem desapercebido pela maioria das pessoas que visitam o país. Além disso, muitos dos lugares que os pinguins frequentavam no passado para se reproduzir ou simplesmente descansar, são hoje ocupados por humanos ou tem algum tipo de perturbação que afugenta esses pequenos e delicados animais.

Com cerca de 30 cm de altura e pesando cerca de 1 Kg – 1.5 Kg, os pinguins azuis são encontrados na costa da Nova Zelândia e sul da Austrália e são considerados os menores das 17 espécies de pinguins existentes no mundo. Com uma população total estimada em aproximadamente 500.000 indivíduos, os Blue Pinguins vivem em média de 8 a 10 anos na natureza. Já em cativeiro, há registros de pinguins azuis que viveram por quase 1 quarto de século.

Os Pinguins azuis ou pinguins-fada têm inúmeras adaptações que garantem a sobrevivência deles no mar. E que vão desde as glândulas de excreção de sal localizadas logo acima dos olhos, que lhes permite excretar o excesso de sal que ingerem com a comida. Passando por uma glândula de óleo, localizada perto de sua cauda e utilizada para impermeabilizar a parte exterior das penas. Indo até as penas propriamente ditas.

Sua penagem azul e branca serve, para entre outras coisas, como camuflagem. Ajudando-os a escondê-los de predadores como os petréis gigantes que os predam pelo ar e dos leões marinhos e tubarões que os atacam por baixo. Enquanto as penas azuis escuras nas costas do pinguim ajudam a escondê-los quando os predadores olham para baixo na água escura. As penas brancas em sua parte inferior do corpo mesclá-os com a água mais clara quando o predador olha para cima.

Em terra, os pinguins-azuis tendem a ser presas fáceis para animais introduzidos como gatos, doninhas, possums, arminhos (stoats) e afins. Motivo pelo qual, hoje em dia só encontramos, pinguins azuis em áreas manejadas para a eliminação desses mamíferos predadores introduzidos.

Os Blue Penguins costumam se alimentar perto da costa e sua dieta consiste basicamente de pequenos peixes e lulas. Em um único dia, os Blue Penguins podem mergulhar cerca de 800x indo a uma profundidade de até 20 metros. Os mergulhos tendem a ser curtos de 20 a 60 segundos e tendem a se concentrar nos 10 primeiros metros de profundidade.

Na água, eles podem nadar a uma velocidade de até 8 km por hora, e durante a pico da época de reprodução, eles chegam a nadar em média, uns 50-60 km em um dia em busca de alimento. Os Pinguins azuis vêm para a terra firme principalmente para se reproduzir e mudar a plumagem.

Uma caracterisrica marcante dessa espécie é o fato deles serem ativos em terra-firme apenas durante a noite. Todos os dias, eles saem da colônia no início da manhã, antes do nascer do sol, e voltam para a colônia depois do por-do-sol. Tanto que o nome em Maori, Kororā aparentemente significa algo relacionado ao anoitecer.

Durante o dia, se os pinguins decidem não ir para o mar, eles ficam escondidos dentro de seus respectivos ninhos. Os pinguins azuis neozelandeses normalmente fazem seus ninhos simplesmente cavando uma toca no solo ou na areia ou encontrando uma fenda entre as rochas. Em vários locais, onde as populações locais são manejadas pelo homem, caixas madeira construídas para esse fim são utilizadas no “assentamento artificial” para os pingüins. E acabam oferecendo ótimos resultados. Já que são menos propensas à inundações e colapso, quando comparados aos ninhos naturais.

A primeira vez que vi uma dessas casas artificiais para os pinguins azuis foi na Ilha de Tiritiri Matangi nos arredores de Auckland. Infelizmente como ambas as vezes que fui lá, só passei o dia, acabei nunca vendo eles pessoalmente. A primeira vez que isso aconteceu de fato, foi durante nossa viagem de Motorhome pela ilha Sul, quando visitamos a Colônia de Blue Penguins de Oamaru.

Considerada uma das maiores colônias de pinguins azuis da Nova Zelândia, a Oamaru Blue Penguim Colony é definitivamente uma das principais atrações da cidade. E passando por lá e pernoitando pela região é um programa super interessante. Mesmo não podendo fotografar, o que para mim estragou um pouco da brincadeira.

Os Pinguins azuis são animais muito vocais, e têm uma série de chamadas que servem a muitos propósitos. Para reconhecer uns aos outros, reclamar ou defender o território que eles têm é tudo na base do grito, quero dizer do som.

A vocalização é também utilizada por eles quando eles se reúnem, em grupos de 5 a 50 animais, em alto mar e iniciam o retorno à terra firme nos chamados “rafts” assim que o sol começa a se pôr no horizonte. Os rafts nada mais são que grupos de pinguins fazendo barulho, como se estivessem conversando sobre o dia de trabalho em alto mar. Esse convercê todo mantém o grupo de pinguins unidos e ainda serve para alertar as aves em terra do seu regresso. Fazendo disso, uma das marcas registradas da espécie.

Quando eles finalmente rtetornam à praia em grupos de vários animais, eles parecem se comprimentar fazendo um baita alardeado. Muito divertido de observar.

Outro comportamento que podemos observar por ocasião do retorno dos pinguins azuis à terra firme é o chamado “cooling off”. Ocasionalmente em terra, os pinguins azuis precisam esfriar a temperatura corporal. Por exemplo, quando eles retornam de um dia de pesca após terem nadado um longo caminho de volta para a colônia.

Os métodos para se refrescar incluem arrepiar as penas para quebrar o ar isolante, abrir bem as nadadeiras e em casos extremos, forçando a respiração. Um barato de se ver..

Apesar de ter visitado a colônia de Blue Pinguins de Oamaru anteriormente, quando soube que poderia tentar fotografar (sem flash) os Pinguins azuis de Pukekura na Pilots Beach no Taiaroa Head na Otago Peninsula em Dunedin, não pensei duas vezes em incluir o passeio na minha programação.

Aproveitando que o meu passeio com a Nature Wonders terminou no finalzinho da tarde e o Tour da Blue Penguins Pukekura sai do Albatroz Centre, acabei emendando um passeio na sequencia do outro.

E apesar de ter quase congelado e a maioria das fotos terem ficado ruim pela pouca disponibilidade de luz, rever os Blue Pinguins voltando em grupo para casa foi muito legal e bem mais barato que em Oamaru. Só que lá a colônia é pelo menos umas 2-3 vezes maior

Veja também:

Informações Úteis:

Os tours para observação dos penguins azuis na Pilots Beeach em Taiaroa Head acontecem o ano todo e seu horário depende do horários do por do sol em Dunedin. Procure chegar ao Albatroz Colony de onde o tour parte com pelo menos 45 minutos antes do horário do por do sol em Dunedin.

O ingresso para o Tour da Pukekura Blue Penguim Colony custa 25NZD por pessoa. Crianças pagam 10 NZD e famílias (2 adultos e até 3 crianças) 60 NZD.

Lembre-se que ao anoitecer a temperatura tende a cair drasticamente então ir bem agasalhado é sempre uma boa pedida. No dia que fiz o passeio o vento estava forte e cheguei a passar um pouco de frio.

Para aqueles que não tem carro em Dunedin e pretendem visitar a atração, eles oferecem o Tiki Tour que oferece transporte do I-site de Dunedin até a atração e depois o retorno ao ponto de partida.

Maiores informações no site do Pukekura Blue Penguin Colony

Endereço:

Pukekura Blue Penguim Tours
1260 Harington Point Road

Coordenadas Geográficas para o GPS:

Latitude Longitude
S 45 46.566 E 170 43.748

Oscar Risch visitou Dunedin a convite da Enterprise Dunedin. E como parte de nossa política de relacionamento com os leitores, fazemos questão de deixar claro o que recebemos e o que pagamos. E como sempre, todas as opiniões e impressões refletem única e exclusivamente a experiência do autor.

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Obrigado!!

Oscar Augusto Risch

4 Comentários

  1. avatar
    Posted by jennynascimento| 08/06/2015 |Responder

    Que fofurinha estes pinguins … LINDOS

  2. avatar

    […] algumas colônias de duas das mais ameaçadas das 17 espécies de Penguins existentes no mundo. Na Pukekura Blue Penguim Colony no Taiaroa Head, por exemplo, encontramos os menores pinguins do mundo. Já boa parte das praias desertas da costa […]

  3. avatar

    […] Leia Também: Visitando a colônia de pingüins azuis na Otago Península […]

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